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Religião DIOCESE PONTA GROSSA

Diáconos e a realidade missionária da Igreja

A missão no ministério diaconal é tema de retiro

31/10/2022 às 21h55
Por: Redação
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90 diáconos se reuniram em retiro, no Cepa. Arquivo AssCom Diocese de Ponta Grossa
90 diáconos se reuniram em retiro, no Cepa. Arquivo AssCom Diocese de Ponta Grossa

“Tal como Cristo é o primeiro enviado, ou seja, missionário do Pai e, enquanto tal, a sua ‘testemunha fiel’, assim também todo o cristão é chamado a ser missionário e testemunha de Cristo. E a Igreja, comunidade dos discípulos de Cristo, não tem outra missão senão a de evangelizar o mundo”. Este trecho da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões resume bem a reflexão do padre José Nilson Santos junto aos cerca de 90 diáconos permanentes que participaram de seu retiro anual, nos dias 28 e 29, no Centro de Espiritualidade Passionista. Ao abordar 'a missão dentro do ministério diaconal', o padre também partilhou um pouco da realidade missionária da Igreja, contando detalhes de sua experiência na Prelazia de Lábrea, no Amazonas, por seis anos.

     “É uma alegria poder falar dessa realidade missionária dentro do ministério diaconal. O diácono tem um ministério específico dentro da Igreja: servir a mesa da Palavra, a mesa da Eucaristia e a mesa da Caridade. Dentro dessa realidade, ele é chamado também a realizar, a partir da luz de um timbre missionário. Não só faz coisas, realiza funções, mas a vida dele deve ser expressão de missão. O Papa Francisco tem nos provocado, falando de uma Igreja em saída, que não pode estar fechada em si mesmo para não adoecer e morrer. A Igreja nasceu para ser missão, para evangelizar e o diácono também traz dentro de seu ministério, de seu ser, essa pessoa, esse servo também em saída”, argumenta o administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Irati.

     “A Diocese de Ponta Grossa envia não só padres, mas diáconos em diversas realidades, dentro da própria Diocese e além-Diocese. Essa Igreja em Saída cresce na medida que crescem esses testemunhos de pessoas que se propõem a ir ao encontro das necessidades, testemunhando Jesus Cristo e o seu Evangelho”, comentou, lembrando em sua partilha a importância do Projeto Igrejas Irmãs, que já levou também à Prelazia de Lábrea os padres José Lauro Gonçalves, Osvaldo Pinheiro e Fábio Sejanoski, atualmente na Paróquia São João Batista, de Canutama, e, ao sul dessa mesma paróquia, igualmente estão padre Sílvio Mocelin, diácono Metódio e sua esposa, Vera.  Dos 126 diáconos da Diocese, três já viveram ou estão vivendo a missão: Pedro Lange, pioneiro na Missão São Paulo VI, em Quebo, na Guiné Bissau, na África; Gilson Camilo da Silva, missionário em Lábrea, e Metódio Retexin, que também esteve em Quebo e hoje serve na Área Missionária Nossa Senhora Aparecida, entre Lábrea e Porto Velho.

     O diácono Agostinho Basso, coordenador da Comissão Diocesana dos Diáconos Permanentes, citou que a Diocese de Ponta Grossa é uma das que mais tem diáconos permanentes no Regional Sul 2. Só no último ano, 46 diáconos foram ordenados, informou. “Ter 90 deles aqui conosco é uma grande alegria e um sinal de unidade. Responderam bem ao convite. É obrigação do diácono participar de pelo menos um retiro no ano. Vemos com bons olhos a experiência de fazer missão ‘extra-muro’. Porque sempre existe o risco de pregar para nós mesmos, falar para os mesmos e estar sempre dentro do templo. Os que vão (até a igreja) experimentam. Aí, vem o desafio de ter que ir até as periferias existenciais, onde o povo está mais carente não só do bem material, mas do espiritual, carente de presença, de sorriso, de ser ouvido. Com a possiblidade da missão estamos sendo provocados. Em Canutama, a experiência do padre Sílvio e diácono Metódio é especialmente voltada para o diaconato. Está sendo montada lá uma casa de missão porque o desejo e o sonho é que cada vez mais casais possam ir fazer missão, desde um mês para servir. O ideal é que fique mais: dois, três meses e, os que puderem, até mais de seis meses. Seria um outro tipo de missão, indo, inclusive, subsidiado pela Diocese. A esperança é que (diáconos) aposentados ou autônomos possam fazer essa experiência de ir até o povo”, contou.

     Segundo Basso, o diácono é chamado a fazer missão onde quer que esteja. Não só no Amazonas ou na África. “Às vezes, o vizinho, um familiar, está precisando. É preciso estar em missão no seio da comunidade, onde está o povo. O diácono tem uma possibilidade que o padre não tem: está inserido em uma comunidade, na vida secular. Pode ser esse agente missionário com muito mais tempo. As pessoas têm mais chance e abertura para fazer perguntas, sanar dúvidas e, depois, ele traz todo o fruto dessa semana vivida no meio do povo, tocando as feridas do Cristo, para o altar, para ser consagrado, ser santificado, transformado junto com o pão e o vinho. Não vale a pena um diácono que se fecha somente ao redor do altar. Não é para isso que somos ordenados. Também para isso, mas não só”

História

     De acordo com o coordenador – ordenado há dez anos - a Diocese é referência e exemplo a outras dioceses. “Quando saio nos encontros estaduais e nacionais as pessoas se espantam com o número expressivo de diáconos daqui. Temos mais diáconos que presbíteros. Isso se deve ao trabalho de estímulo a essa vocação, desde o tempo do padre Sílvio Mocelin, que ajudou muito; começando com Dom Murilo (Kriger), que autorizou a primeira turma da Escola Diaconal, cujos candidatos foram até Florianópolis; passando por Dom João (Braz de Aviz), chegando a Dom Sergio (Arthur Braschi), que muito tem contribuído, com incentivo para o diácono. Os frutos estão aparecendo. Mas, o desafio é diário. Se trabalha com muita oração, conhecimento, estudo e seriedade, afinal, o diácono está envolvido com a implantação do Reino de Deus”, ressaltou Basso.

     O diácono Alfredo Assad Neto, integrante da primeira turma de oito diáconos da Diocese, garante que é uma alegria poder servir ao Reino de Deus. “São muitos desafios, principalmente, na parte da caridade, ir ao encontro de pessoas necessitadas e poder servir, fazer campanhas. O meu trabalho na Caritas, levando Jesus Cristo a tantas pessoas, desde o início, quando se constituiu a Caritas, foi um belo trabalho. Também ser profissional e lá dentro ser diácono, enfrentando cobranças e mantendo posicionamento como cristão, não é fácil. Mas, me sinto realizado. Minha esposa sempre me ajudou, foi favorável. Não participou de tudo, sempre, mas permitiu que eu me ausentasse de casa para servir”, ressaltou o diácono da Paróquia São José/Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Ponta Grossa.

 

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