Chegou o mês de setembro e com ele a Assembleia Legislativa do Paraná, em parceria com a UNALE – União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais - promove uma campanha de saúde em prol da valorização da vida, o “Setembro Amarelo: Agir para prevenir”.
Durante o mês a fachada da Assembleia Legislativa ficará iluminada na cor amarela em referência à campanha. No Paraná, as leis 18.871/2016, e 20.229/2020 também servem para o alerta. Através delas foram criados mecanismos no estado para as ações de prevenção ao suicídio e de valorização à vida, através da Semana de Valorização da Vida e de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que deve ser realizada no período que compreenda o dia 10 de setembro.
O objetivo dessa legislação é o de promover a reflexão e a conscientização sobre essa temática, com o objetivo de dignificar avida em relação ao aumento do índice de suicídios e a automutilação, esclarecendo à população, através de palestras, debates e audiências públicas, sobre como identificar possíveis sinais suicidas e como auxiliar o acompanhamento de indivíduos que apresentem esse perfil, visando minimizar a evolução dos quadros que podem chegar ao suicídio.
São registrados, aproximadamente, 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e perto de 1 milhão em todo o mundo, ou seja, uma morte a cada 40 segundos, segundo a Associação Paranaense de Psiquiatria.
Depressão
A depressão é uma doença de potencial incapacitante que afeta pessoas de diferentes condições sociais, econômicas e pessoais. São comorbidades que prejudicam os âmbitos sociais, pessoais, familiares, profissionais e a autoestima, prejudicando a autonomia da pessoa humana.
Foi em reconhecimento à importância de se tratar, de forma preventiva, esta doença, que nasceu o Setembro Amarelo. Criado em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a iniciativa visa a prevenção do suicídio, o combate aos transtornos mentais como a ansiedade e a conscientização sobre o uso correto das medicações psicotrópicas. Com a temática “Agir para prevenir”, a campanha se faz ainda mais importante no contexto atual de pandemia e isolamento social.
A história do reconhecimento da depressão é motivo de debates. Os registros mais antigos sobre a melancolia humana partiam da noção de uma deficiência espiritual causada por demônios, espíritos malignos ou pela falta de fé.
Tal entendimento se fez presente em culturas milenares como a dos gregos, dos romanos, dos chineses, babilônios e egípcios. Por conta de crenças enraizadas, os tratamentos se baseavam em exorcismos, espancamentos e tortura como forma de expulsar demônios e entidades, considerados como os causadores das enfermidades da mente.
Ao longo do século 20 ocorreram avanços no entendimento da saúde mental. Em 1917, Sigmund Freud publicou seus estudos sobre os temas da consciência humana expandindo a noção do papel do inconsciente e elaborando temas como a perda, o luto, os sonhos e os traumas e como experiências passadas formam a nossa mentalidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que o Brasil é o país com a maior taxa de depressão na América Latina. De acordo com a pesquisa, entre onze países, o Brasil desponta com mais casos de ansiedade (63%) e depressão (59%), seguido, apenas da Irlanda e dos Estados Unidos.
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